Meteoritos são objetos extraterrestres (ou seja, vem de fora da Terra), que conseguem vencer a passagem atmosférica e chegar até a superfície do nosso planeta. Quando ainda estão no espaço são denominados meteoroides, ao atravessar a atmosfera ficam luminosos devido o atrito com o ar, sendo denominados meteoros (popularmente conhecidos como estrelas cadentes). A maior parte dos meteoros desintegram-se completamente nas altas camadas da atmosfera. Os meteoros bem brilhantes são denominados bólidos e estes, quando estão próximos ao local de sua queda, produzem barulhos muito estrondosos.

O estudo dos meteoritos traz vastas informações sobre a origem e evolução do Sistema Solar e até mesmo de processos que se passaram no início da evolução planetária. São as rochas mais antigas que se conhece, por isso, são verdadeiros fósseis do Sistema Solar. A queda de meteoritos e cometas na época de formação da Terra, época em que os impactos cósmicos eram bastante frequentes, trouxeram água e os hidrocarbonetos para Terra, ou seja, os ingredientes para que a vida surgisse segundo a teoria da nova Panspermia. A maior parte dos meteoritos vem do Cinturão de Asteroides, uma região localizada entre as órbitas dos planetas Marte e Júpiter. Porém, existem ainda os meteoritos oriundos de Marte e da Lua.

Durante a sua queda, os meteoritos sofrem “queima” (ablação) devido o atrito com ar, fragmentam-se e explodem ao final da passagem atmosférica, quando o corpo é completamente freado e passa a cair em queda livre. Na passagem atmosférica, as camadas mais externas do meteorito se fundem e se vaporizam, desprendendo-se do mesmo e deixando um rastro de poeira, no entanto uma fina camada de material fundido fica no meteorito, é a chamada crosta de fusão.

Os meteoritos de até 1 tonelada são freados pela atmosfera e passam a cair em queda livre próximo aos 10 quilômetros de altura. Os maiores de 100 toneladas atingem a superfície com mais de 50% da velocidade cósmica, assim explode tanto o meteorito quanto o solo formando as crateras de impacto. Um meteorito caído em solo terrestre, se não recuperado ou preservado imediatamente ficam sujeitos ao intemperismo, processo pelo qual com o passar dos anos e/ou séculos vão apagar as características principais dos meteoritos, tornando-os mais parecidos com as demais rochas terrestres. A velocidade desse processo vai depender de diversos fatores com tipo de solo, vegetação, umidade, etc.

Atualmente o Brasil possui 62 meteoritos registrados oficialmente (dados de 2013)  junto ao Meteoritical Bulletin, um número pequeno se comparado com países de tamanho territorial semelhante como os Estados Unidos, que possui mais de 1.500 meteoritos registrados. Estatísticas sugerem que há milhares de exemplares espalhados pelo território brasileiro, além de várias outras peças em mãos de particulares. São diversos fatores que contribuem para o pouco número de meteoritos encontrados no Brasil, como carência de informação e legislação, além de condições naturais são alguns destes fatores.
Meteoritos caem aleatoriamente sobre a Terra distribuindo-se equitativamente (em mesma quantidade). Ainda assim, o Brasil, com quase 50% da área da América do Sul, possui uma amostragem de meteoritos inferior a do Chile ou da Argentina, com territórios bem menores. Temos apenas 5% da quantidade de meteoritos dos Estados Unidos, com área quase equivalente à nossa. Essa amostragem reduzida de meteoritos brasileiros deve-se principalmente à carência de informações e consequente insensibilidade da população para a percepção do valor de registros e comunicação de eventos capazes de contribuir para aumento deste patrimônio. Outro fator que dificulta a identificação dos meteoritos no Brasil é o clima quente e úmido que rapidamente intemperiza os meteoritos, tornando-os cada vez mais parecidos com as demais rochas terrestres.

O meteorito Bendegó, o maior e mais famoso meteorito brasileiro, foi descoberto em 1784, quando ainda se discutia a origem extraterrestre dessas rochas e durante muito tempo, o meteorito foi o maior em exposição em todo o mundo. Apesar dos poucos meteoritos encontrados, importantes meteoritos já foram identificados no Brasil, alguns dos meteoritos mais raros do mundo foram identificados em nosso país.

Entre eles estão: (passe o mouse em cima e leia as informações).

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Como posso saber se tenho um meteorito? Muitas pessoas imaginam uma pedra preta e pesada, mas não é bem assim. Existem basicamente três tipos de meteoritos: de rocha, de ferro e misto (rocha+ferro). Os meteoritos rochosos são os mais comuns, porém são mais semelhantes com as rochas terrestres, seu interior parece com um pedaço de concreto de construção, cinza e todo pintadinho de ferrugem. Os de ferro se destacam das demais rochas pois são bem pesados, cerca de 3 vezes mais pesados que uma rocha de tamanho similar, e possuem o interior como o aço.
Em geral, os meteoritos apresentam superfície sem calombos, mas sim com sulcos e depressões, chamados regmaglitos. Apresenta uma fina camada preta por fora (crosta de fusão) e o interior mais claro ou na cor de aço.Características dos meteoritos:

 

 

Crosta de fusão – Os meteoritos quando caem apresentam uma fina crosta preta por fora,resultante da queima durante a passagem atmosférica.Com o tempo a coloração pode se alterar,podendo se tornar marrom brilhante e até mesmo com marcas de ferrugem.

Como prosseguir se você acha que tem um meteorito?

Para analisar um exemplar que você acha que pode ser um meteorito,você pode enviar uma amostra ao Museu Nacional. O Museu Nacional,mesmo sem recursos,é a referência nessa área.Envie uma amostra de pelo menos 20 gramas para:

DGP/ Museu Nacional – Quinta da Boa Vista – São Cristóvão – Rio de Janeiro. CEP 20940-040 aos cuidados de M. Elizabeth Zucolotto.M. Elizabeth Zucolotto, astrônoma, é responsável pelo setor de meteoritos do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Um dos sonhos da vida dela é ver crescer a coleção de meteoritos nacionais com colaboração da população das mais diferentes regiões do País.
Desde já,convidamos você a contribuir com a meteorítica no Brasil!

Meteoritos de Marte:

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Os meteoritos oriundos do planeta Marte são rochas que de algum modo se ‘desprenderam’ do planeta e foram ejetadas ao espaço. Algumas dessas rochas entram na nossa atmosfera e conseguem chegar até a superfície. Interações gravitacionais entre todos os corpos que orbitam o Sol causam perturbações que resultam em colisões entre alguns deles. Logo no início do sistema solar, histórias de tais colisões quase certamente foram muito mais freqüentes e envolveu massas muito maiores, por isso não é difícil imaginar que alguns corpos razoavelmente grandes foram destruídos e dispersos em tais eventos.

Os meteoritos de Marte correspondem a uma pequena parcela do total dos meteoritos encontrados até hoje,inclusive o Brasil possui um exemplar marciano,o meteorito Governador Valadares [imagem ao lado],encontrado em 1958. Os meteoritos marcianos são rochas únicas do planeta que chegam até nós,pois nunca foram tragas diretamente,rochas marcianas,diferentemente da Lua que teve rochas tragas para Terra com as missões Apollo.

Brasil desconhece seus meteoritos:

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Carência de informação e legislação, além de condições naturais adversas, fazem com que o número de exemplares de meteoritos no Brasil ainda seja reduzido em comparação a outros países. O Brasil tem cerca de 60 meteoritos reconhecidos pela ciência, apesar de as estatísticas sugerirem a existência de milhares de exemplares espalhados por seu território, além pelo menos uma centena preservada por particulares. Apesar disso já estivemos na vanguarda, em relação a meteoritos. Quando o mais famoso dos meteoritos brasileiros, o Bendengó, foi descoberto, em 1784, ainda se discutia a natureza extraterrestre desses corpos.

Acesse os dados do site original: Meteoritos Brasil

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